sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ENERVIDA: Secretário de Estado da Energia incentiva empresas a exportarem energias renováveis

O secretário de Estado da Energia e da Inovação, Carlos Zorrinho, lançou o desafio às empresas portuguesas para exportarem para todo o mundo as suas soluções para as energias renováveis.




O membro do Governo participou, na quinta-feira, dia 10, na cerimónia de abertura da ENERVIDA’11 – Feira e Conferência de Energias Renováveis e Eficiência Energética, onde afirmou considerou que Portugal já atingiu “grandes objectivos” nesta área. “Produzimos 53 por cento de toda a nossa electricidade a partir de energias renováveis e o nosso objectivo é chegar a 60 por cento muito rapidamente”, frisou. O secretário de Estado defendeu, no entanto, ser necessário que, as empresas “tenham também soluções para todo o mundo” e as exportem. “Sabemos hoje que a economia portuguesa, para enfrentar as dificuldades que está a passar, tem de apostar muito no aumento das exportações e na substituição de importações”.



Carlos Zorrinho lembrou que Portugal tem empresas “verdadeiramente globais”, apontando um exemplo do distrito de Viseu, a Martifer, que tem “81 por cento do seu fundo de negócios fora de Portugal”.E considerou que Portugal deve apostar primeiro nas tecnologias maduras (como a eólica tradicional ou a hídrica), para que possam ser produzidas energias renováveis “de uma forma sustentável, com preços que possam ser pagos e que não criem problemas de competitividade à indústria”. No entanto, estão também a ser feitas apostas “em tecnologias que ainda não estão no ponto de maturidade”, explicou, aludindo à solar e também à eólica “offshore”.



A ENERVIDA’11 decorre até domingo, no pavilhão Multiusos, em Viseu. O distrito é um dos líderes nacionais na área das energias renováveis e eficiência energética. No que respeita às energias eólica e hídrica, está no primeiro e segundo lugar do “ranking” nacional.



No sábado, dia 12, a ENERVIDA recebe um dos grandes especialistas mundiais em questões ligadas às energias e recursos naturais, Paul Roberts. O jornalista norte-americano vai falar de “Economia da Energia e Eficiência energética, às 15h00, no Hotel Montebelo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ponte sustentável tem turbinas eólicas em vão livre

Projeto que geraria energia para 15 mil famílias anualmente fica em segundo lugar em concurso italiano



Uma equipe italiana de arquitetos criou um novo conceito de ponte que agrega geradores de energia eólica e solar em seu design.



O conceito batizado de Solar Wind usa o espaço existente no vão de uma ponte no sul da Itália para instalar 26 turbinas de vento, o que poderia gerar 36 milhões de kWh anualmente. Sobre a ponte, painéis solares no lugar do asfalto ficariam responsáveis por gerar 11 milhões de kWh por ano, segundo os designers.





Projeto prevê instalação de turbinas eólicas no vão de ponteO asfalto seria substituído por uma superfície de captação solar, já em uso nos EUA, que serve como estrada. Todo o sistema seria capaz de produzir cerca de 40 milhões de kWh por ano - energia suficiente para fornecer eletricidade para cerca de 15 mil famílias anualmente.



O projeto foi criado para um concurso que busca reaproveitar as estruturas de uma velha ponte perto de Calábria, no sul da Itália. A demolição da ponte custaria US$ 55 milhões aos cofres públicos, então o governo decidiu criar um concurso para reutilizar a estrutura de uma maneira sustentável.



A ideia do Solar Wind, que transforma a ponte em um grande parque, com espaços para que os carros estacionem para admirar a vista da costa italiana, ficou em segundo lugar.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Neoen consegue mais de metade dos lotes fotovoltaicos

A Neoen foi a principal beneficiária do concurso de adjudicação de lotes fotovoltaicos, lançado pelo Governo no final do ano passado. A empresa de Franck Woitiez obteve 29 dos 52 lotes adjudicados em concurso, o que corresponde a uma potência atribuída de 58 MW.




Apesar de não ter participado no concurso público, a Martifer Solar acaba por ficar beneficiada pelos resultados das adjudicações. Isto porque a Sol Cativante, formada por Henrique Rodrigues e Gustavo Fernandes (respectivamente CEO e administrador da Martifer Solar), foi adjudicada com 17 lotes fotovoltaicos.



As empresas tiveram que pagar uma contrapartida ao Estado por desenvolverem a potência fotovoltaica prevista em cada lote. O concurso obrigava a uma oferta mínima de 800 euros, mas a Neoen acabou por fazer uma oferta total de mais de 42 milhões por lote (valores unitários entre 1,50 e 1,42 milhões de euros). A Sol Cativante foi a empresa que maiores contrapartidas deu por lote, chegando aos 2,27 milhões. No total, a empresa de Henrique Rodrigues e Gustavo Fernandes desembolsou mais de 36 milhões de euros pelos 17 lotes. No total, o Estado recebeu uma contrapartida de 86,53 milhões de euros através do concurso público de atribuição de potência fotovoltaica.



Também adjudicadas no concurso, a Hypesolar e a Donauer Solar Systems vão desenvolver dois lotes, cada uma. Por fim, a DST e o consórcio entre a Mário Marinho, a Ecopromener e a Promenerland vão ter direito a explorar, respectivamente, um lote fotovoltaico.