Vila Nova de Gaia quer alargar o seu modelo de sustentabilidade à gestão urbanística e atingir um patamar de excelência na área da construção sustentável.
"Estamos num patamar muito bom, mas queremos mudar o paradigma de desenvolvimento e implementar medidas que visem maior sustentabilidade na gestão urbanística e atingir um patamar de excelência", sublinhou Mercês Ferreira, Vereadora do Ambiente, na cerimónia de encerramento da conferência promovida pela Gaiurb- Empresa Municipal de Urbanismo, intitulada "Construção Sustentável em Vila Nova de Gaia - novos modelos de desenvolvimento do território".
A construção sustentável "não é um luxo, nem é inacessível", evidenciou Amorim Pereira, Presidente da Gaiurb, na abertura da conferência. E explicou: "O que poderá parecer mais caro, na realidade vai ser mais barato", quer ao nível dos resultados práticos da sustentabilidade, quer no domínio da redução de custos de manutenção e de reabilitação, quer ainda no que respeita ao aumento do ciclo de vida dos edifícios e à qualidade de vida da população.
A prática de criar estruturas e utilizar processos ambientais sustentáveis e eficientes reduz custos e diminui o impacto global do ambiente construído na saúde humana e no ambiente, através da utilização eficiente da energia, da água e de outros recursos, da salvaguarda da saúde humana e do aumento de produtividade, da redução de resíduos de poluição e degradação ambiental, garantiu Luís Castanheira, administrador da Gaiurb e orador da conferência. Na sua opinião, a valorização dos imóveis, a maior qualidade de vida e consequente atractividade do território, bem como a competitividade a nível local e global constituem a grande meta da construção sustentável.
O desafio lançado pelo Município, através da Gaiurb, pressupõe o reconhecimento de dois sistemas de sustentabilidade, bem como a disponibilização, aos técnicos e promotores, das competências para a promoção da construção sustentável. Se é verdade que a sustentabilidade poderá implicar um acréscimo em termos de investimento, não é menos verdade que no ciclo de vida dos edifícios será francamente compensador.
São vários os incentivos municipais que acompanham o desafio da sustentabilidade: diminuição de taxas municipais, redução do IMI, aumento do coeficiente de ocupação do solo, criação de estruturas de apoio aos promotores, através de consultadoria aos projectos, acções de formação, seminários temáticos, diversificação das actividades da Gaiurb, e, ainda, a valorização dos edifícios, do valor das rendas e da atractividade pelo território.
Ao lançar este projecto que preconiza a ideia de melhor qualidade de vida, a Gaiurb abre-se às "provocações do mercado", conforme sublinhou Amorim Pereira.
Vila Nova de Gaia aglutina, pelo exemplo, a liderança em matéria de sustentabilidade: é signatária da iniciativa do Pacto de Autarcas da Comissão Europeia, que defende a redução em 20% de emissões de CO2 e de consumo de energia até 2020, no plano de acção para a sustentabilidade energética com expressão significativa de intervenção nos edifícios, no pioneirismo da aplicação do sistema de certificação energética, na reabilitação energética da urbanização de Vila d?Este e na construção dos Campus Escolares com certificação LEED - Leadership in Energy and Environment Design.
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