domingo, 30 de maio de 2010

Portugal desenvolve tecnologia pioneira de eficiência energética


Equipamento permite poupança nos métodos “tradicionais” de aquecimento da água de um duche e promove a eficiência energética nas habitações e a sustentabilidade energética e ambiental.






É um sistema que pode fazer uma família de quatro elementos poupar até cerca de 400 euros por ano, só em electricidade e gás utilizados no aquecimento da água. O Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), do Porto, participou no desenvolvimento da tecnologia que permite que a água de um banho de chuveiro seja aquecida através da água quente já utilizada nesse mesmo banho.





Confuso? Nem por isso. Vítor Ferreira, da unidade de Energia e Ambiente do INEGI, desvenda o sistema. “A água utilizada nos nossos banhos vai para o esgoto, a uma temperatura superior a 30 graus centígrados. Com este sistema, é possível aproveitar esta carga térmica e, através de um esquema de transferência de calor, promover o aquecimento da água fria que será, posteriormente, utilizada nos nossos banhos”.



De acordo com o investigador, para além da evidente poupança nos métodos “tradicionais” de aquecimento da água de um duche, o "Sifão A" - assim se chama o protótipo desenvolvido em parceria pelo INEGI e por uma empresa privada, a EIDT, com base num conceito de um criador português premiado num concurso de inovação - promove a eficiência energética nas habitações e a sustentabilidade energética e ambiental.



A tecnologia é totalmente nova, a nível mundial, e a patente, ainda provisória, está prestes a tornar-se definitiva. Assim, dentro de dois a três meses, o sistema poderá estar à venda, “podendo ser aplicado muito facilmente em habitações que estão a ser construídas”, refere Vítor Ferreira, sublinhando, no entanto, que “a adopção deste tipo de sistema em habitações que já estão construídas será mais complicado, mas não impossível”.



É ainda cedo para ter a certeza quanto ao preço, mas, neste momento, o equipamento custaria ao consumidor cerca de 600 euros, valor sem IVA. “Apesar de o preço ser um bocado elevado, é necessário salientar que o período de amortização deste equipamento será muito curto, entre dois a três anos. Obviamente que para empresas construtoras esse preço será reduzido em função das quantidades encomendadas” conclui Vítor Ferreira.

Certificação energética dos edifícios permitiu poupar 22 mil toneladas de petróleo

A certificação energética de edifícios em Portugal induziu nos últimos dois anos poupanças de energia estimadas em 22.611 toneladas equivalentes de petróleo, segundo um balanço apresentado pelo Governo na Universidade de Aveiro.




Com mais de 4% do parque imobiliário nacional certificado por uma elevada eficiência energética, a certificação permitiu, segundo o Ministério da Economia, obter mais de 22 mil toneladas equivalentes de petróleo (TEP) de poupança em dois anos.



Em 2008 o impacto das medidas de eficiência energética nos edifícios foi estimado em 4.313 TEP. Já em 2009 houve um contributo adicional correspondente a 7.295 TEP nos edifícios residenciais e 11.003 TEP nos edifícios de serviços.



Os últimos dois anos trouxeram também um nível maior de instalação de painéis solares. Com 86 mil metros quadrados instalados em 2008 e 145 mil metros quadrados em 2009, o objectivo do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) de que Portugal atingisse um total de 520 mil metros quadrados de painéis solares em 2010 foi superado já em 2009, com uma área acumulada de 539 mil metros quadrados.



Por outro lado, o programa "Renove Casa & Escritório" somou nos últimos dois anos poupanças de 54,6 mil TEP, vindo a maior fatia da substituição de equipamentos ineficientes.



No total, o sector residencial e de serviços acumulou em 2008 e 2009 poupanças superiores a 92 mil TEP, sendo a segunda maior fonte de eficiência no País, apenas atrás das 137 mil TEP de poupança gerada no sector da indústria. No total, nos últimos dois anos Portugal evitou 325 mil TEP, o que se traduz numa taxa de execução do PNAEE de 18%.

domingo, 9 de maio de 2010

Governo vai lançar novos concursos para potência solar




O ministro da Economia, José Vieira da Silva, disse ontem no parlamento que o programa solar térmico, que criou facilidades na aquisição de painéis solares, "foi um bom programa, porque aumentou significativamente a área instalada de painéis".




O ministro da Economia, José Vieira da Silva, disse ontem no parlamento que o programa solar térmico, que criou facilidades na aquisição de painéis solares, "foi um bom programa, porque aumentou significativamente a área instalada de painéis".



Mas foi o secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, que assegurou que a breve prazo haverá mais concursos para reforçar a potência solar no país.



"Vamos avançar muito rapidamente com a microgeração, vamos avançar com um concurso de minigeração e em pouco tempo com grandes centrais", disse Carlos Zorrinho na Assembleia da República.