sexta-feira, 29 de maio de 2009

Arquitectura do futuro

http://www.youtube.com/watch?v=dm9SJ_HiZOo

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Microgeração

http://www.youtube.com/watch?v=A0ZPqsPtDwA

Endesa acaba com monopólio da EDP


As famílias e pequenas empresas vão passar a ter um maior poder de escolha com a entrada da Endesa no mercado português da electricidade. A EDP tem assim o primeiro concorrente a competir por uma quota com 5,9 milhões de consumidores.

A empresa espanhola Endesa vai entrar no mercado português e assim fazer concorrência à EDP no abastecimento de electricidade aos consumidores domésticos.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos aplaude esta acção e diz tratar-se de um marco histórico porque os portugueses só podiam escolher mediante o mercado regulado pela EDP universal ou EDP comercial.

O presidente da ERSE mostrou-se também satisfeito pela reanimação na electricidade que desde o início do ano subiu de 2,5 para 14 por cento o consumo no mercado liberalizado.

Desde 1 de Janeiro de 2009 até final de Março que a EDP viu a quota de mercado que detém descer de 93 para 64 por cento. A queda da eléctrica portuguesa acontece na mesma altura em que a Endesa e a Iberdola assistem a um aumento da sua posição no mercado.

Recorde-se que a oferta da empresa espanhola destina-se às famílias e pequenas empresas, um potencial de 5,9 milhões de consumidores dado que o mercado industrial já conta com cinco operadores de electricidade, dois portugueses e três espanhóis.

FONTE: TVNET.SAPO.PT

Aproveitar a água da chuva


O princípio é captar água de chuva antes que chegue no solo, para evitar sua contaminação e utilizá-la de múltiplas formas após o tratamento adequado. Igualmente importante, sobretudo nas áreas urbanas, é a retenção temporária. A chuva do telhado fica retida numa cisterna, e a parte que não for aproveitada será liberada de forma controlada (0,2 a 0,6 litros por segundo), evitando alagamentos.
Sistema de coleta, filtragem e armazenamento
O sistema de captação, filtragem e armazenamento de água de chuva, com tecnologia da 3P Technik, tradicional marca alemã na área aproveitamento da água da chuva, é indicado para utilização residencial, em condomínios ou em instalações industriais e comerciais. O sistema é ambientalmente correto, prático, econômico e fácil de instalar.
Eficiente e confiável, nosso sistema é uma nova maneira de economizar água e dinheiro, além de enfrentar problemas trazidos pela urbanização, como o risco de desabastecimento, racionamento, e amenizar os efeitos da impermeabilização do solo, como alagamentos e inundações.
Como funciona
Nosso sistema prevê a utilização do telhado e calhas como captadores da água de chuva, que é dirigida para um filtro autolimpante e levada para uma cisterna ou tanque subterrâneo. Para essa finalidade, lançamos um modelo exclusivo de cisterna que forma com o filtro um conjunto eficiente e simples de instalar, mesmo sob a terra.
Para evitar que a sedimentação do fundo da cisterna se misture com a água, esta é canalizada até o fundo, onde por meio de um "freio d'água" ela brota sem causar ondulações. Estocada ao abrigo da luz e do calor, a água se mantém livre de bactérias e algas. Uma outra parte do sistema cuida de sugar a água armazenada de pontos logo abaixo da superfície, para não movimentar eventuais resíduos.
instalação e manutenção
Antes da instalação do sistema, é feito um estudo dos índices pluviométricos da região, da capacidade de captação do telhado e do tamanho ideal da cisterna de armazenamento. Baseado nesses cálculos, é dimensionado o equipamento, composto basicamente de um filtro [1] (retira folhas e outros detritos), um freio d´água [2] (tira a pressão da água, que assim não revolve a sedimentação do fundo da cisterna), conjunto flutuante [3] (faz com que sempre a água mais limpa seja bombeada para a caixa d'água) e o sifão-ladrão [4] (retira as impurezas da superfície da água, bloqueia odores vindos da galeria e impede a entrada de roedores).
A manutenção do equipamento é simples. Basicamente, consiste em fazer de duas a quatro vistorias anuais no filtro. Para tanto, basta abrir a tampa do filtro, puxar o miolo, feito em aço inox, e verificar se a tela está suja. Depois basta soltar dois parafusos e lavar a tela com água.
residências
O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção (pode ser feito um sistema paralelo ao da água da rua) e incluir o uso em descarga de banheiros, lavagem de roupa e torneiras externas, como em casas já construídas. Onde não se quer ou não for possível mexer nas instalações existentes, é possível aproveitar a água de chuva para jardins, piscina, limpeza de calçadas, lavar carros, entre outros usos.
Em condomínios, a água de chuva armazenada significa uma economia expressiva no gasto de água nas áreas comuns. Ela pode ser utilizada lavagem das calçadas, do playground, de carros, na irrigação dos canteiros e jardins, no abastecimento da piscina, na reserva para caso de incêndio e até mesmo em banheiros das áreas comuns ou casa do vigia.
Em áreas de maior porte, aproveitar a água de chuva é unir os benefícios ecológicos aos econômicos. A água pode ser usada para resfriar equipamentos e máquinas, em serviços de limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio, irrigação de áreas verdes. Nos dias de chuva intensa, as cisternas podem funcionar como "buffers" (áreas de contenção), diminuindo ou até evitando alagamentos e a sobrecarga da rede pluvial.

Arquitectura Bioclimatica

Construção verde está a cativar promotores

São ainda pouco mais de uma dúzia de projectos mas o impacto é positivo.
"Um dia todos os edifícios serão verdes". A frase surge em jeito de desafio no site da Adene - entidade que gere o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios. Pretende convencer os construtores e promotores de que o cumprimento das normas de certificação energética é apenas um primeiro passo para a construção verde e sustentável. Embora se contem ainda pelos dedos, a verdade é que já há projectos de construção verde em Portugal. São pouco mais de uma dúzia mas estão a servir como bons exemplos para a maioria dos promotores nacionais que continuam a cumprir as regras da certificação energética apenas nos mínimos exigidos.
Num questionário enviado a um conjunto de empresas ligadas ao imobiliário com a pergunta "conhece algum projecto que melhor responda às exigências da construção sustentável?", as respostas ditaram em uníssono o vencedor: o edifício de escritórios Natura Towers, em Lisboa, promovido pela MSF, parte reservada à futura sede da construtora. José Fortunato, presidente da MSF Tur- Im., esclarece que o empreendimento, em fase de conclusão na zona de Telheiras Norte, é "constituído por um dupla fachada, em que uma delas apresenta um revestimento vegetal, que permite uma plantação xerófita e autóctone, um sistema de rega gota a gota integrado nos painéis da fachada, obtido através da captação e reutilização de águas pluviais". Embora a dupla fachada resulte numa perda de área de construção, permite no futuro poupanças no aquecimento, que serão reflectidas no custo do condomínio e da exploração. José Fortunato esclarece que o custo adicional, com a construção dos dois edifícios que constituem a Natura Towers, é de 20%. Mas a poupança futura em energia pode atingir os 70%.
Mas há outros projectos de habitação residencial e turística, nomeadamente em Óbidos, que fazem desta autarquia a que mais tem contribuído para a construção sustentável. Trata-se dos projectos turísticos "Bom Sucesso", promovido pela Acordo SGPS, "Casas dos Arcos", do grupo Lena, e "Royal Óbidos", promovido em parceria entre os irlandeses da Oceânico e a MSF. Este último que resultou já no estabelecimento de um protocolo com a autarquia que obriga à utilização das regras e técnicas da construção sustentável. Há outros projectos de habitação que são referenciados no mercado como apostas bem conseguidas na construção sustentável. É o caso do "Pátio das Camélias", um empreendimento da Habitâmega, em Penafiel, e o ‘resort' "Quinta do Lorde", em Ponta de São Lourenço, na Madeira, promovido pela sociedade Quinta do Lorde.
Um factor diferenciadorEmbora a generalidade dos promotores procurem apenas cumprir a legislação obrigatória, quer por falta de informação, quer por questões económicas, existem no entanto alguns que utilizam a construção sustentável, como factor de diferenciação do respectivo produto", considera Alberto Cabral, director da Invescon, consultora associada da Worx.
Custo adicional de 30% mas poupança de energia atinge os 70%O custo adicional com a construção verde é estimado pelos promotores em valores que rondam entre os 20% a 30%. Contudo a poupança a nível energético será muito significativa. Os especialistas apontam para valores que rondam entre os 40%, mas que podem atingir os 70%, nos projectos mais sofisticados. Em Portugal continua a existir, da parte dos consumidores, alguma desconfiança em relação às vantagens da construção verde, devido à falta de informação. Contudo nos mercados internacionais o ambiente é já uma prioridade, o que leva os promotores de turismo residencial a avançaram para a construção verde.

Portal mostra como construir casas de forma sustentável

Ministério do Meio Ambiente está elaborando um portal na Internet para orientar instituições e a sociedade para a construção de casas e empreendimentos de forma sustentável. O site ajudará os interessados a construir imóveis com menor impacto ambiental e a entender e conhecer produtos, bens e serviços sustentáveis.
No portal também serão disponibilizadas, em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), informações como custo da construção sustentável em relação ao que é usado hoje e onde encontrar materiais e tecnologias.
A informação é da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, durante a 1ª Jornada sobre Mudanças Climáticas e Consumo Sustentável, em Brasília, ontem. Samyra Crespo falou no encontro sobre a parceria com o Ministério da Educação para criar um padrão de construção sustentável nas escolas públicas do País, que leve em consideração a proteção do meio ambente. A idéia é utilizar materiais que não causem dano ambiental.
A secretária apresentou a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) aos participantes do seminário. Ela defende que a A3P é uma forma de o governo dar o exemplo de como deve ser feita a coleta seletiva.
"O programa parte da premissa de que não adianta o governo pregar para a sociedade e para outras instituições o uso consciente se não fizer o dever de casa", destacou. A A3P trabalha com a coleta seletiva de lixos, eficiência energética e o desperdício de água, além da construção sustentável, que entrou na agenda há pouco tempo.
Com informações do Ministério de Ciência e Tecnologia
JB Online

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Soluções de Iluminação Natural


Se tem uma área da sua casa ou mesmo local de trabalho que seja sombria, triste ou escura e que esteja mesmo a pedir luz natural, SOLATUBE pode dar-lhe a solução naturalmente.Ver para crer, isso é o que sucede com SOLATUBE, a forma mais inteligente de conduzir a luz do dia até ás zonas mais escuras de qualquer habitação sem que haja transferência de calor, condensações ou necessidade de manutenção. Com um único SOLATUBE pode-se iluminar uma área até 33 m2, mesmo que esteja um dia triste.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Fluorescentes eficientes


Apesar da concorrência com os diodos emissores de luz (LED), as lâmpadas fluorescentes compactas parecem ter uma longa vida útil pela frente. Principalmente, porque os cientistas estão conseguindo torná-las ainda mais eficientes. Pesquisadores da Universidade Queens (Canadá) descobriram como controlar a luminosidade das fluorescentes – e, consequentemente, seu gasto de energia.Embora durem até mil vezes mais do que um bulbo incandescente, as flourescentes compactas, na sua forma atual, transformam apenas uma parte da energia que consomem em luz. Com um novo circuito eletrônico simplificado e um controlador de potência projetado pelos canadenses, economiza-se mais energia simplesmente diminuindo o brilho de suas lâmpadas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Painéis solares: Governo «ignora entidades de certificação»

Portugal tem a segunda maior das cinco entidades certificadoras de sistemas solares da União Europeia, depois do alemão, mas o centro em causa "nunca foi contactado" por nenhum responsável governamental no âmbito de medidas para o sector, nomeadamente na definição das campanhas de apoio aos colectores solares térmicos, denuncia o jornal Público.
A denúncia parte do director-geral da Certif, Francisco Barroca, que considera desadequados os critérios decisivos de acesso das empresas à campanha governamental dos painéis solares térmicos. Em vez de económicos, argumentou, esses critérios deviam ser técnicos e com uma preocupação prévia de certificação, que "não existiu".
"Isto não foi conduzido de forma profissional", disse o responsável em declarações ao jornal. Em causa, está um processo que começou com a agitação das empresas perante o alegado favorecimento do concurso a algumas entidades, prosseguiu com o Governo a ter de rever os critérios iniciais e com a abertura da campanha com apenas uma empresa a ter produto certificado.
Ainda assim, a solução de critérios económicos mais flexíveis e menos ambiciosos, como o da capacidade de produção, é insatisfatória. Para Francisco Barroca, "teria sido adequado fixar um valor mínimo para o rendimento dos equipamentos", reflectindo a eficiência dos mesmos e comprovada através de certificação. Disse ter sido este o caminho das campanhas lançadas na Alemanha e na Áustria, que impuseram mínimos. "Essa é que era uma medida correcta. Melhoraria o desempenho dos equipamentos que são financiados."
"Seria uma medida a favor das empresas portuguesas e não contra elas. Qualquer país deve apoiar as suas empresas, sobretudo as que se preocupam com a sua qualidade", defendeu.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Veja como são as casas ecológicas nos Estados Unidos


Apesar da crise imobiliária, que atinge os Estados Unidos, uma alternativa ecológica pode ser a nova tendência de mercado. As “casas verdes” ainda têm custo inicial alto, mas o imóvel pode ser um ótimo negócio, ao considerar a economia futura de energia pelo uso de painéis solares. Veja o vídeo ao lado. Os primeiros modelos foram construídos no condado de Franklyn, no estado americano de Massachusetts, e fazem uso quase zero da rede elétrica. “Se as famílias que comprarem estas casas forem realmente econômicas, elas vão acabar não pagando qualquer conta de luz ao longo do ano inteiro”, explica a construtora responsável pelo projeto, Anne Perkins.

As 20 unidades, de dois a quatro quartos, têm de 250 a 350 metros quadrados. Dois tipos de painéis solares, um para eletricidade e outro para água quente, ficam no telhado e conseguem gerar uma voltagem de 2,8 a 3,4 kilowatts, atendendo a 80% da demanda total. As construções são tão bem vedadas, que mesmo no inverno, só precisam de um pequeno aquecedor de 12 mil BTUs (Unidade Térmica Britânica) para a calefação. O abastecimento por gás natural também está previsto. O valor de mercado de uma “casa verde” deste tipo fica em torno de US$ 240 mil. Onze unidades foram financiadas para famílias americanas de média e baixa renda por US$ 110 mil a US$ 210 mil. O restante será colocado à venda ou alugado. Em um imóvel ecológico, o valor da construção fica US$ 38 mil acima do custo médio dos modelos tradicionais. Somente os gastos com equipamentos específicos, como os painéis solares, saem por US$ 25 mil. Já nas casas comuns os construtores só precisam atender aos requisitos definidos pelo governo. Ainda é cedo para afirmar que o modelo sustentável de residência é uma tendência nos Estados Unidos. Mas o conceito chamou a atenção do mercado. De acordo com Perkins, já foram vendidas mais casas, do que construídas.

Empresa de energia apadrinhada por Sócrates e Pinho perde certificação ao fim de um mês.

PUBLICO
Por Lurdes Ferreira
A empresa Energie, da Póvoa de Varzim, perdeu a certificação de produtora de equipamentos solares térmicos, apurou o PÚBLICO. O laboratório alemão que tinha certificado os seus produtos retirou-lhe essa classificação, no final da semana passada.A empresa, liderada pelo presidente da Associação Comercial da Póvoa de Varzim, Luís Rocha, disse ontem "não ter conhecimento da decisão". Esta foi tomada ao nível do grupo europeu de certificadores, ao fim de quase um mês de discussão conhecida pelo sector, tendo sido veiculada informação sobre o assunto junto das entidades ligadas ao processo. A decisão da entidade certificadora alemã foi conhecida na passada quinta-feira, dia 7, segundo documento a que o PÚBLICO teve acesso.Anulada a certificação, os equipamentos da Energie já não poderão ser classificados como "solares". A empresa - que tinha recebido a visita do primeiro-ministro e do ministro da Economia no âmbito da promoção à compra de painéis solares térmicos e tinha sido enaltecida pelo seu projecto - deixa, assim, de ter condições para aceder aos programas de apoio à instalação destes equipamentos e deixa também de ser elegível para equipar, como tal, os novos edifícios. Esta é a grande consequência a retirar da decisão tomada pelos órgãos europeus responsáveis pela certificação nesta área e que dá razão aos especialistas portugueses Eduardo Oliveira Fernandes, Manuel Collares Pereira e Manuel Ferreira dos Santos, que alertaram para a situação. Tal como o PÚBLICO revelou nas suas edições de 24 e 25 de Março passado, acusavam a empresa de confundir os consumidores vendendo sistemas de bomba de calor (anunciados como painéis solares termodinâmicos) como se de colectores solares térmicos se tratasse. A empresa legitimava a sua pretensão baseada na certificação "Solar Keymark" que lhe fora atribuída pela Din Certco, uma entidade certificadora alemã, em 10 de Março de 2009, a mesma que agora a retirou, menos de um mês depois. Os responsáveis alemães informam agora que "a certificação Solar Keymark para sistemas solares térmicos deixou de ser válida" para a Energie.Pelo meio ficaram várias discussões ao nível do grupo de trabalho de 'standardização' e certificação da ESTIF - Federação Europeia da Indústria Solar Térmica, que acabou por recomendar, já em Abril, o cancelamento da certificação à Energie, por considerar terem sido "usados procedimentos de teste modificados" e por não ter sido seguida a norma devida para os sistemas de bomba de calor/solar.Contudo, deixava a decisão final a cargo das entidades de certificação - seguindo um procedimento instituído de debate conjunto perante casos que suscitem dúvidas, mas que não foi inicialmente seguido com a Energie.Devido ao desenvolvimento tecnológico, e sempre que surjam dúvidas, tornou-se prática entre o reduzido universo de cinco organismos certificadores reconhecidos na União Europeia para os equipamentos solares térmicos - da qual faz parte o português Certif - a discussão conjunta dos projectos de "zona cinzenta". Esta antecede a concessão ou não da certificação para os casos que se encontram na fronteira do que pode ser ou não considerado como solar térmico. Não aconteceu neste caso.A entidade portuguesa optou, entretanto, por não tomar parte na discussão entretanto surgida. Sem o voto português, o cancelamento da certificação da Energie foi decidido entre os outros quatro órgãos: SP Certification, da Suécia, Icim, da Itália, Elot, da Grécia e a própria Din Certco, que encomendara os testes da Energie ao laboratório ITW.Um ponto para o qual não se encontra resposta imediata é o facto de a folha de resultados do teste, anexa ao certificado, incluir já indicações que suscitariam reservas. No certificado passado à Energie, afirma-se que "o sistema é um sistema de água quente solar doméstica no qual o circuito solar funciona com base numa bomba de calor". Também diz que o equipamento da empresa portuguesa tem um sistema eléctrico de apoio de 1,2 kW, quando um colector solar térmico corrente não precisa de mais do que 0,1 kW. Apesar disso, o certificado foi atribuído. Embora a questão pareça iminentemente técnica, o alcance é sobretudo económico. Na parte técnica, o que está sobretudo em causa é o facto de os chamados painéis da Energie usarem a energia eléctrica não de forma subsidiária, mas como fonte principal, o que não acontece com os colectores solares térmicos. O resultado é uma expressiva factura eléctrica que os colectores solares térmicos não têm. Ou seja, quem compra um sistema como o referido a pensar que é um colector solar térmico pode ver a sua conta de electricidade aumentar em vez de diminuir.Lado económico: conseguir que um sistema de bomba de calor seja classificado como solar térmico abre a porta a mais e novos negócios, já que a energia solar beneficia de vários incentivos fiscais e financeiros, pela Europa fora, que promovem a sua procura. A empresa já tinha sido incluída na lista de entidades autorizadas para a campanha governamental de apoio à compra de painéis solares térmicos e já tinha requerido também a sua inclusão na lista de equipamentos solares obrigatórios para os edifícios novos.O Ministério da Economia diz "não ter informação oficial" sobre o assunto. "Se for dada, acrescenta, a situação será reanalisada". O gabinete do ministro da Economia diz que "se receber informação oficial, a situação [da Energie] será reanalisada

sábado, 9 de maio de 2009

Espaço Comercial, SOLAR PROJECT - GAIA











Dicas para reduzir o consumo de energia e combater as alterações climáticas

Veja algumas dicas para reduzir o consumo de energia e combater as alterações climáticas:Em casa: - Use a máquina de lavar roupa na capacidade máxima, optando pela lavagem em água fria. Poupará energia e a roupa durará mais tempo;- Prefira lâmpadas de baixo consumo. Estas utilizam menos 80% de energia e duram até oito vezes mais que as lâmpadas comuns.- Na altura de comprar um electrodoméstico, certifique-se do nível de energia e água que despende, optando por electrodomésticos classificados com a Categoria A;- Descongele o congelador antes que a camada de gelo atinja mais de 3 mm de espessura: conseguirá atingir poupanças energéticas até 30%. Ajuste o termóstato do frigorífico a uma temperatura de 6ºC e do congelador a 18ºC;- Sempre que escovar os dentes ou se ensaboar no duche, feche a torneira.No trabalho:- Desligue o monitor do computador durante a pausa para refeição. Poderá programar para que se desligue automaticamente (basta que procure esta facilidade nas opções de protecção de ecrã). Não deixe o equipamento ligado no final de cada dia de trabalho;- Utilize equipamentos de baixo consumo energético;- Apague as luzes ao sair do escritório. Não acenda luzes que não são necessárias, procure aproveitar a luz natural o máximo possível;- Recicle e reutilize o papel. Procure imprimir e fotocopiar em ambos os lados das folhas.Nas deslocações:- Prefira a bicicleta. Não só fará mais exercício como ajudará na redução das emissões de Dióxido de Carbono. Opte pelo uso de transportes públicos em vez do seu automóvel, sempre que possível;- Partilhe o seu transporte com familiares, amigos ou vizinhos, se o automóvel tiver mesmo de ser o seu meio de deslocação de eleição;- Desligue o motor sempre que estiver parado por mais de 30 segundos;- Verifique a pressão dos pneus, já que uma diferença, mesmo que mínima, quanto aos valores da pressão correcta pode significar um aumento de combustível na ordem dos 5%.Atitudes menos consumistas:- Recicle, reutilize e repare. Acções deste tipo reduzem o consumo e, por conseguinte, a produção de CO2 proveniente da produção industrial;- Partilhe as subscrições de revistas e jornais com amigos e familiares. Depois de lê-los, utilize-os para limpar espelhos ou recicle-os;- Quando for ao supermercado, leve os seus próprios sacos e eleja verduras e frutas sem invólucros plásticos, vidro ou papel, de preferência de produção local.

Por: Rita Afonso@ e WWF

Portugal está aquém da meta das renováveis

Nem Portugal nem os 27 no seu conjunto devem conseguir atingir em 2010 o objectivo traçado pela União Europeia para as energias renováveis. Bruxelas repara no avanço, mas diz que não deve ser suficiente.O relatório para este ano avalia o progresso feito, até ao momento, sobre as quantidades de renováveis utilizadas quer na electricidade quer nos transportes.No ano que vem, 39% da electricidade consumida em Portugal deveria ser de origem verde. Para atingir tal objectivo, Portugal precisaria de aumentar a parcela das renováveis de 32,5% para 39%. No entanto, em 2006, apenas 31% tinham tal origem, o que quer dizer que o país não continuou o avanço antes alcançado (zero), assinala o relatório de progresso. A maior parte do esforço foi atingido, diz o documento, entre 2004 e 2006, altura em que se registou um crescendo de 2,6 pontos percentuais. "É de notar que a parcela de electricidade de origem renovável na Áustria, França, Letónia, Portugal, Roménia e Eslovénia foi inferior em 2006 do que no ano de referência", que no caso é 1997. "Por isso, estes países precisam de fazer mais para reverter a tendência negativa", refere o documento.Já para os transportes, Portugal está bem mais próximo dos objectivos programados. Em 2010, 5,75% do combustível consumido deve ser de origem biológica.Bruxelas queria que no ano que vem, 21% da energia consumida nos países da União fosse produzida a partir de fontes renováveis. Mas no ponto de situação que agora publica, admite que, muito provavelmente, a parcela das renováveis não deverá ultrapassar os 19%. No que respeita o combustível utilizado nos transportes, Bruxelas, pretendia que 5,75% fosse de origem ecológica, mas é possível que apenas 4% o sejam. Para o cômputo vale o biocombustível, o biodisel e o bioetanol. Em 2006, mais de metade dos países europeus estava aquém dos objectivos.As metas europeias para as renováveis fazem parte do plano maior da Comissão de reduzir as emissões de gases com efeito estufa e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, como o petróleo.
Por: Célia Marques AzevedoJN

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tijolo ecológico

Tijolo modular de solo-cimento?
O tijolo modular de solo-cimento, também conhecido como tijolo ecológico, é um produto de alta qualidade, resultado da mistura do solo e de uma percentagem de cimento, e depois moldado sob alta pressão e deixado à cura por 28 dias. É usado na construção de casas, edifícios e muros, onde se procura aliar o excelente efeito estético da alvenaria aparente com as qualidades inerentes do solo, como baixa transmissão térmica (a temperatura no interior da casa fica mais agradável) e isolamento acústico.

Como surgiu o tijolo modular de solo-cimento?
A técnica de se produzir tijolos a partir do solo e cimento surgiu há mais de 50 anos. De fato, o solo estabilizado com cimento já é usado há quase um século na construção de estradas. Nos anos 50, com a invenção de uma prensa manual para se produzir os tijolos, a técnica se espalhou pelo mundo todo, e obteve apoio de importantes órgãos mundiais, como a Unesco. Hoje o tijolo de solo-cimento é amplamente aceito como material de construção de alta qualidade, não só pelos estudos realizados por várias universidades, mas também pelo grande número de obras já realizadas, as quais ao longo do anos demonstraram solidez e resistência.

Qual o tamanho/formato do tijolo?
O tamanho do tijolo varia de acordo com a tradição de alvenaria de cada país/região. Na Europa e nos Estados Unidos é comum o tijolo maciço com dimensões 29,5 x 14,5 x 9 cm. No Brasil, o formato mais popular é o tijolo 25 x 12,5 x 6,5 cm, com 2 furos de diâmetro 6,5 cm. Esses furos são usados como fôrma para pilaretes embutidos ou para a passagem de tubulação elétrica e hidráulica.

Como é uma construção com esse tijolo?
Na construção com tijolo modular, a fundação segue os mesmos princípios que a construção com alvenaria comum, mas as dimensões das paredes têm que seguir a modulação do tijolo. A laje e o telhado também são feitos de maneira convencional. O grande diferencial do tijolo modular é exatamente a alvenaria (paredes). Com a alvenaria aparente feita de tijolo modular de solo-cimento, economiza-se cerca de 40% com relação à alvenaria convencional, e ainda se tem a vantagem da beleza, conforto térmico e acústico.

A construção com esse tijolo é confiável?
A construção com tijolo modular de solo-cimento é totalmente segura e confiável. Estudos realizados por respeitados engenheiros e pesquisadores demonstram que uma parede construída com o tijolo modular e reforçada com pilares de concreto embutidos nos furos chega a ser mais resistente que a parede de alvenaria convencional. Soma-se a isso o fato de que o tijolo adquire mais resistência com o tempo, porque o cimento continua reagindo, mesmo depois de alguns anos.

Microgeração - A mais rentável aplicação financeira


EcoCasa arranca em Coimbra


O projecto “EcoCasa – Água”, uma iniciativa conjunta entre as Águas de Coimbra e a Quercus, começa no próximo ano, com 15 famílias a ver o seu consumo de água analisado

A iniciativa vai levar a avaliação contínua do consumo doméstico de 15 famílias, dez residentes na Quinta da Portela e outras cinco fora deste condomínio.

Depois da análise de consumo, vão ser feitas as recomendações para o uso eficiente da água.

O sistema vai permitir saber, em tempo real, quantos litros de água foram gastos e caracterizar os diferentes usos domésticos para depois se fazer um plano de eficiência, que inclui a instalação de redutores de caudal e a entrega de fichas de recomendação.


Soluções disponiveis, na SOLAR PROJECT

Programa pioneiro permitiu poupar 265 litros de água/dia







Um programa pioneiro no País permitiu às famílias poupar 265 litros de água por dia, ao longo de 2008. O «Eco-famílias» envolveu 10 famílias algarvias empenhadas em reduzir os gastos de água.
As famílias participantes gastaram 0,265 m3 de água por dia, o que representa um consumo menor do que a média nacional, de 0,310 m3/dia, referenciada no Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA) como média do país.
Com a instalação de redutores de caudal, as famílias conseguiram poupar mais água nos duches, com uma poupança de 60%, e na lavagem das mãos, com uma redução de 46% no consumo.
O relatório do projecto «Eco-famílias», realizado pela empresa Águas do Algarve e da Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus), conclui ainda que a poupança de água na lavagem de dentes foi de 39% e na lavagem manual da loiça a redução ficou pelos 38%.
O estudo revela ainda que as famílias aumentam o consumo de água em 7% durante o fim-de-semana, em comparação com os dias úteis. As famílias consumiram menos água no Inverno (Outubro e Novembro), com uma poupança de 15% face aos meses de Verão (Julho e Agosto).
O programa «Eco-famílias» abrangeu famílias dos concelhos de Albufeira, Faro, Loulé, São Brás de Alportel, Olhão e Lagoa e decorreu entre Janeiro e Novembro de 2008.






Produtos disponiveis na SOLAR PROJECT - Gaia.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Portugal campeão europeu das energias renováveis


O nosso país tem condições naturais privilegiadas para produzir energia de forma alternativa e sem consequências ambientais. Os especialistas já o apontavam há muito tempo, mas agora foi o jornal francês 'Le Figaro' que elogiou o aproveitamento nacional das energias renováveis. Boa oportunidade para conhecer alguns dos maiores projectos na área
"Dotado com a maior central fotovoltaica do mundo, Portugal é o campeão europeu das energias renováveis." É assim que o jornal francês Le Figaro apresenta o nosso país e foi por esta razão que lhe dedicou uma página: para mostrar à França que a aposta nas energias renováveis vale a pena e que, actualmente, Portugal vai à frente. Segundo estatísticas de 2006 dadas pelo Ministério da Economia ao Eurostat (organização estatística da Comissão Europeia), cerca de um terço (33,8%) da energia em Portugal é obtida por fontes renováveis, nomeadamente hídrica (22%), eólica (9,4%) e outras, incluindo a fotovoltaica (2,4%).
A Central Solar Fotovoltaica da Amareleja, no Alentejo, foi o mote para que uma jornalista francesa se deslocasse a Portugal, destacando a sua importância num país com "três mil horas de sol por ano". Para os franceses, a central é um exemplo para o mundo. Falam da transformação da pequena vila da Amareleja com a instalação deste campo de células fotovoltaicas. A central alonga-se por 250 hectares, teve um investimento de 237,6 milhões de euros e produz actualmente 46 megawatts (MW) de energia, com capacidade para alimentar 30 mil casas e permitir a economização de 152 mil toneladas de gases com efeito de estufa.
O nosso país é apresentado pelo diário francês como ideal para se investir em energias limpas, pois, segundo eles, "a natureza fez bem as coisas: há sol, vento... e água em abundância, nos rios e no mar". E Portugal tem aproveitado bem o que a natureza lhe deu. Além da maior central fotovoltaica do mundo, temos ainda o maior parque eólico da Europa (Parque Eólico do Alto Minho I), o maior lago artificial da Europa (barragem de Alqueva) e a primeira exploração comercial de energia das ondas do mundo (Parque de Ondas da Aguçadoura).
Para além disso, o país não perdeu a oportunidade de explorar a energia geotérmica nos Açores e também energia da biomassa florestal, com a EDP a ultimar a construção de mais duas centrais que, a juntar às duas já existentes, vão permitir a produção de 67 MW de energia. Outra das vantagens dadas pelos franceses tem a ver com o desenvolvimento que as energias renováveis têm trazido ao País. Segundo os franceses, "as energias renováveis criaram mais de dez mil postos de trabalho e permitiram a implantação de um tecido industrial" que dinamizou as regiões mais pobres de Portugal: a empresa espanhola Acciona, que comprou a Central da Amareleja em 2007, implantou uma fábrica de produção de painéis nas imediações; no Parque Eólico do Caramulo 90% dos aerogeradores são de produção local. Razões que levam o Le Figaro a terminar de forma optimista: "A revolução verde está em marcha sob o sol de Portugal."

Electricidade: uso de luz solar ultrapassa petróleo


A luz solar produziu mais electricidade na Península Ibérica, no ano de 2008, do que o petróleo. Estes são dados da WWF/Adena, uma das maiores organizações mundiais dedicadas à preservação da natureza, noticia o «20minutos».
Heikki Willstedt, investigador do WWF na área da Energia e Mudanças Climáticas, revela que «em 2002, 7 por cento da electricidade peninsular era produzida através do petróleo, em 2008 apenas são produzidos 0,82 por cento». Wildstedt acredita que «graças à aposta nas energias renováveis, a energia solar conseguiu um feito histórico ao produzir 0,85 por cento da electricidade». Para o investigador «há a possibilidade de duplicar este número neste ano».
No entanto, considera que «em Espanha, devido ao último decreto aprovado, que diminui e limita o desenvolvimento da energia fotovoltaica, estão a ser arruinadas várias empresas e o emprego está a ser destruído». Willstedt afirma que enquanto nos Estados Unidos à empresas que dizem produzir electricidade mais barata com energia slar e com carvão, em Espanha o Governo tenta paralisar o sector.

Uma arquitectura sustentável para uma reabilitação social

O ciclo «Um alerta global para o desenvolvimento sustentável» que decorreu neste mês na Culturgest, em Lisboa, encerrou esta terça-feira com a conferência dedicada aos espaços urbanos. O arquitecto chinês Li Hu e o economista português Carlos Martins expuseram as visões próprias de quem projecta edifícios e de quem gere o desenvolvimento do território urbano, mas não sem deixarem de convergir no plano comum da «Arquitectura sustentável».
Assim como o ponto de partida foi o mesmo. A saturação urbana é uma realidade que não é possível escamotear; pelo contrário, é a realidade de um século XXI que já é denominado como o século das cidades, quando pela primeira vez na história da humanidade (desde 2007) a população urbana é mais numerosa do que a população rural. E a sustentabilidade de um planeta cada vez mais urbano e cada vez menos sustentável também não pode ser escamoteada.
É aliás um tema já «emergente», nas palavras de Carlos Martins, mas que também está ele na casa de partida, pois, nesta altura, vivemos na «necessidade de mudança de paradigma». A actual crise económica de abrangência global é também ela indissociável de qualquer forma em que se analise o presente ou perspective o futuro e este economista que já foi autarca destaca «o papel que as cidades também vão ter» numa consequência que esta crise tem de trazer: a «aproximação entre economia financeira e economia real».
Clusters de criatividade
Carlos Martins vai ainda mais longe, é mais radical. «As políticas actuais não resolvem os problemas do presente e muito menos do futuro. É preciso desligar e voltar a ligar, começar tudo de novo», defende o gestor dos planos do Centro Histórico do Porto Património Mundial e de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012. Os espaços urbanos estão para o economista ávidos dos «Clusters de criatividade», esses locais onde tanto umas pessoas habitam, como outras trabalham, como outras produzem o que outras vão lá consumir, numa miscigenação cultural urbana com base na reabilitação dos espaços.
«As cidades devem ser aceleradoras de criatividade», diz Carlos Martins frisando que as «pessoas», a «economia» e «os lugares» são três pontos igualmente imperativos da mesma agenda. A desertificação do centro do Porto em contraste com o aumento demográfico dos arredores da cidade é um exemplo do que deve ser contrariado pela «interdisciplinaridade dos espaços» ligando «o património à criatividade» para uma «regeneração social, económica e urbana».
«Bolsas sociais»
Esta reabilitação teve o paralelo chinês na arquitectura sustentável que Li Hu apresentou. A partir de uma China que está saturada climaticamente e a construir 2 mil milhões de m2 por ano, é no quadro de uma sustentabilidade «económica», «social» e «ambiental» que o arquitecto projecta não só edifícios como espaços destinados a recuperar «a vida de rua», para si «o único espaço público».
Foram quatro os projectos apresentados detalhadamente em Lisboa por Li Hu: o «Linked Hybrid», em Pequim; o «Vanke Center» e as torres «4+1=2», em Shenzhen; e a «Raffles City», em Chengdu.
Entre o aquecimento geotérmico, ou os edifícios elevados do solo formando microclimas, painéis solares giratórios que seguem o sol quando a Terra roda, ou os jardins nos topos das torres, estas construções de ponta têm a participação social bem definida - numa vertente convergente com a do economista português, mas que Hu fez questão de frisar que, na China, começa a construção de raiz. Mas o modelo está lá, com a formação das «bolsas sociais» idealizadas pelo Nobel da Paz de 2006, Muhammad Yunus, como referência.

A terra é suficiente

De acordo com o ponto de vista dominante, estamos a usar vorazmente os recursos e a viver além das possibilidades da Terra.
De acordo com o ponto de vista dominante, estamos a usar vorazmente os recursos e a viver além das possibilidades da Terra. Esta narrativa de declínio e pessimismo está na base de grande parte do actual discurso ambiental, e é muitas vezes formulada de forma simples: em 2030 vamos precisar de dois planetas para nos sustentar, devido a padrões de vida mais elevados e ao crescimento da população. Se todas as pessoas conseguissem viver de acordo com os padrões de vida actuais dos Estados Unidos, iríamos precisar de cinco planetas. Mas este ponto de vista está errado.Os ambientalistas usam a chamada "pegada ecológica" - área que cada um precisa no planeta - para defenderem o seu ponto de vista. Obviamente, nós utilizamos terra de cultivo, terra de pastoreio, florestas e zonas de pesca para produzir a nossa comida, fibra e madeira e necessitamos de espaço para as nossas casas, estradas e cidades. Precisamos, ainda, de áreas que absorvam os resíduos emitidos pelo nosso consumo de energia. Transferir todas estas exigências para uma unidade comum de área física dá-nos a oportunidade de a comparar com área produtiva da Terra - e assim, ter uma ideia de quão sustentável somos.Durante mais de uma década, o World Wildlife Fund (WWF) e outras organizações de conservação realizaram cálculos complicados para determinar as "pegadas" individuais no planeta. Os seus números mostram que cada norte-americano usa 9,4 hectares do globo, cada europeu 4,7 e cada habitante dos países mais pobres apenas uma. Tudo somado, usamos 17,5 mil milhões de hectares.Infelizmente, só existem 13,4 mil milhões de hectares disponíveis. Assim, a WWF defende que já estamos a viver 30% acima das possibilidades da Terra e que a situação vai piorar. Dizem-nos que a recente crise financeira "não é nada quando comparada com a ameaçadora crise de crédito ecológica", que pode antecipar "um colapso, em larga escala, do ecossistema".Esta mensagem está a pesar na consciência da opinião pública. O jornal britânico "The Observer" usou o título "Procura-se: Nova Terra em 2050"; de acordo com a BBC, a Terra "está a caminho de uma crise ecológica" e o "The Washington Post" estava horrorizado com os quatro planetas que são necessários e pediu-nos para usarmos mais sacos de lona e lâmpadas eficientes.A mensagem tem sido recebida de forma ruidosa e clara. Estamos a usar demasiada área do planeta. Mas esperem um minuto. Como é que podemos fazer isso? Como é que podemos usar mais área do que a que existe na Terra?Obviamente, qualquer medida que tente agregar diferentes aspectos do comportamento humano terá que simplificar os "inputs"; não é diferente com a pegada ecológica. Por exemplo, quando referimos que o estilo de vida americano necessita de cinco planetas, estamos a assumir que não existe progresso tecnológico, quando é provável que a produtividade da terra aumente drasticamente. Da mesma maneira, a agricultura biológica deixa, actualmente, uma pegada maior que a agricultura convencional.Apesar destas falhas, é evidente que as áreas que usamos para construir estradas não podem ser usadas para a agricultura e que destruímos parte das florestas para construirmos as nossas casas. Esta parte da pegada ecológica é uma medida conveniente da nossa verdadeira pegada na terra. Neste caso, utilizamos 60% do espaço disponível e esta proporção tem tendência a diminuir, devido ao abrandamento da taxa de crescimento da população, enquanto o progresso tecnológico continua. Não existe, assim, nenhum colapso ecológico.Existe apenas um factor que continua a aumentar: as nossas emissões de carbono. Não é, de todo, óbvio como converter CO2 em superfície. O WWF e alguns investigadores optaram por definir a área de emissões como a área de floresta necessária para absorver o CO2 gerado pela actividade humana. Esta área representa mais de 50% da pegada ecológica e vai crescer até três quartos do total até 2050.Na essência, dizem-nos que deveríamos reduzir as emissões a zero e plantar árvores para alcançar esse objectivo. Actualmente, isso significaria plantar árvores numa área 30% superior à disponível e em quase dois planetas em 2030. Isto é pouco razoável.É realmente necessário cortar todas a emissões? Cortar cerca de metade de todas as emissões iria reduzir as concentrações de dióxido de carbono no médio prazo. E sobretudo, plantar árvores é uma das formas menos eficientes de reduzir o carbono. As células solares e as turbinas eólicas exigem menos de 1% da área florestal para diminuírem o CO2, são cada vez mais eficientes e podem ser muitas vezes colocadas em terras não produtivas (por exemplo, turbinas eólicas no mar ou painéis solares no deserto. Desta forma, a assustadores crise ecológica desaparece.Devido à tecnologia, a procura individual no planeta já caiu 35% durante o último meio século e a procura colectiva vai atingir o nível máximo antes de 2020 sem atingir o limite dos recursos disponíveis.Transformar o CO2 numa medida ineficiente e ilógica da superfície das florestas parece que tem como objectivo principal gerar uma mensagem de alarme. Na literatura científica, um especialista destacado reconhece que a maioria dos especialistas consideram este método "difícil de defender". Outras duas equipas de investigadores sublinharam que a pegada ecológica "por si só, não é nada mais do que um dispositivo importante para chamar a atenção" e que "é mais uma forma de chamar a atenção da opinião pública e do poder político do que uma medida cientifica". Quando analisamos realmente os cálculos da pegada ecológica, descobrimos que a única coisa que se está a esgotar no mundo é o espaço para plantar quantidades colossais de florestas imaginárias, que de qualquer forma nunca iriam ser plantadas, para evitar as emissões do CO2 que podemos prevenir através de medidas muito mais inteligentes e baratas.Que o nosso consumo esbanjador precise de cinco planetas é uma história que fica no ouvido, mas é errada. O planeta que temos é mais do que suficiente. © Project Syndicate, 2009.www.project-syndicate.orgTradução: Ana Luísa Marques