sexta-feira, 28 de março de 2008

Piscina Bioclimática - Póvoa do Lanhoso

http://videos.sapo.pt/z1vasvyr3Z2MGvKZshUK

Programa Biosfera

http://videos.sapo.pt/4ugzQqC6O03iRdZgwYiE

quinta-feira, 27 de março de 2008

Obra sustentável - Principios







Há nove passos principais para uma construção sustentável, que podem ser listados da seguinte maneira:



1. Planeamento Sustentável da Obra
2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais
3. Eficiência energética
4. Gestão e economia da água
5. Gestão dos resíduos na edificação
6. Qualidade do ar e do ambiente interior
7. Conforto termo-acústico
8. Uso racional de materiais
9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis



1. Planeamento Sustentável
Objetivos: Planejamento Sustentável é a mais importante etapa da obra amiga do meio ambiente. A partir dele serão decididas todas as intervenções que poderão integrar a obra ao meio ambiente ou resultar em danos em curto, médio e longo prazos. Pontos trabalhados: Análise da obra, do local e das informações pertinentes; Aplicação da Análise de Ciclo de Vida para determinação das diretrizes de projeto e escolha de materiais e tecnologias; Estudos de solo; Recomendações de projeto e intervenções; Recomendação de materiais e tecnologias; Projeto de arquitetura e paisagismo sustentável; Planejamento geral e sustentável; Estudos de consumo de materiais e energia da edificação; Planejamento da logística de materiais e recursos em geral.



2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais
Objetivos: Aproveitar os recursos naturais que atuam diretamente sobre a obra -como sol, vento, vegetação-, para obter iluminação, conforto termo-acústico e climatização naturais.



3. Eficiência energética
Objetivos: conservação e economia de energia; geração da própria energia consumida por fontes renováveis; controle de emissões eletromagnéticas; controle do calor gerado no ambiente construído e no entorno.



4. Gestão e economia da água
Objetivos: Reduzir e controlar o consumo de água fornecido pela concessionária ou obtido junto a fontes naturais (poços, poços artesianos, nascentes, outros); não contaminar a água e corpos receptores; aproveitar as fontes disponíveis; tratar águas cinzas e negras e reaproveitá-las na edificação; reduzir necessidade de tratamento de efluentes pelo poder público; aproveitar parte da água pluvial disponível.



5. Gestão dos resíduos na edificação
Objetivos: Criar área para disposição dos resíduos gerados pelos próprios moradores/usuários; reduzir geração de resíduos; reduzir emissão de resíduos orgânicos para processamento pelo Poder Público ou concessionárias; incentivar a reciclagem de resíduos secos ou úmidos.



6. Qualidade do ar e do ambiente interior
Objetivos: Criar um ambiente interior e exterior à obra saudável a todos os seres vivos; identificar poluentes internos na edificação (água, ar, temperatura, umidade, materiais); evitar ou controlar sua entrada e atuação nociva sobre a saúde e bem–estar dos indivíduos.



7. Conforto termo-acústico
Objetivos: Promover sensação de bem-estar físico e psíquico quanto a temperatura e sonoridade, através de recursos naturais, elementos de projeto, elementos de vedação, paisagismo, climatização e dispositivos eletrônicos e artificiais de baixo impacto ambiental



8. Uso Racional de Materiais
Objetivos: Racionalizar o uso de materiais de construção tradicionais e prevenir o uso de produtos cuja fabricação e uso acarretem problemas ao meio ambiente ou que são suspeitos de afetar a saúde humana



9. Uso de Produtos e Tecnologias ambientalmente amigáveis
Objetivos: Prever na obra uso máximo de produtos e tecnologias amigas do meio ambiente que atendam os seguintes pontos:



Ecologia – Coletar dados que comprovem o desempenho sustentável dos processos construtivos, produtos e tecnologias recomendados, do ponto de vista da gestão e uso de matérias-primas e insumos básicos; energia; água; emissão de poluentes; normatização; cumprimento das leis vigentes; embalagem; transportes (logística); potencial de reuso e/ou reciclagem.



Economia - Recomendar ecoprodutos e tecnologias sustentáveis adequados à realidade financeira e capacidade de investimento do cliente, com prazo e taxas de retorno definidos






Saúde - Avaliar a biocompatibilidade e sanidade dos produtos recomendados com o ser humano e organismos vivos em geral, com o objetivo de gerar um ambiente saudável e de elevada qualidade para seus ocupantes e vizinhança;



Responsabilidade social - Recomendar o uso de materiais que atendam às normas brasileiras e internacionais de qualidade e padronização, cuja fabricação contribua para inserção da população desfavorecida no mercado de trabalho e consumo, bem como para fixação do homem na sua região de origem.

O que é a Contrução Sustentável?


O conceito de construção sustentável ainda se apresenta em debate. Uma das definições possiveis para construção sustentável é dada através dos possíveis papeis que um edifício possa ter. Pode-se deste modo dividir em três níveis para definir um edifício sustentável: Sustentabilidade ambiental é compreendida como a protecção dos recursos e ecossistemas que podem ser analisados de forma quantitativa em relação a massa e energia consumidas por unidade de tempo e espaço. Sustentabilidade económica pode ser dividida em investimento e custos de utilização. Em vez de minimizar os custos de investimento através de aplicação de materiais e processos construtivos de mais baixo custo, dá-se preferência a opções de investimento que se traduzam numa optimização da durabilidade e da requalificação. Esse tipo de soluções que permitem a reabilitação e a utilização das mais variadas formas, apresentam os valores de produtividade mais elevados a longo prazo. Edifícios com consumos mais reduzidos de energia e com maior facilidade de gerir e manter, regra geral apresentam custos de utilização mais baixos. E for fim, define os aspectos sociais e culturais da sustentabilidade que incluem o conforto, a saúde e a preservação dos valores, que serão as principais motivações que levam à conservação e reabilitação.

Construção Sustentável


“Nos países desenvolvidos é possível poupar energia melhorando o isolamento das casas, o modo de cozinhar, de aquecer o ambiente, iluminar e electrificar. Uma experiência realizada na Tailândia no início dos anos 90 dá-nos um exemplo:

Dado o aumento anual no consumo de electricidade em 14%, o Governo Tailandês iniciou uma parceria com os industriais do seu país para melhorar a eficiência dos edifícios ao nível da iluminação e sistemas de refrigeração (ar condicionado, frigorífico, etc.). Em 2000 a Tailândia tinha reduzido o consumo de energia e os níveis de CO2 para mais de 200%.

Também é possível poupar energia fazendo melhorias no design e construção dos edifícios. De acordo com o analista Donald Aitken: “os edifícios continuam a ser um dos factores menos considerados para a poupança energética, e uma das oportunidades menos exploradas para o melhoramento da eficiência”. Porque muitos edifícios são habitados entre, pelo menos, 50-100 anos, e alguns são habitados durante séculos, é essencial construi-los bem desde o início. Mesmo em climas frios é possível reduzir a necessidade de aquecimento dos edifícios em 90%, combinando o design com materiais eficientes.

Os edifícios do Estado da Califórnia são até hoje mais eficientes que a média dos edifícios dos restantes estados dos EUA porque a legislação é revista e actualizada regularmente, de acordo com as tecnologias correntes. Prova disto é que o consumo per capita de electricidade duplicou nos últimos 30 anos nos restantes estados dos EUA, mas na Califórnia manteve-se constante.


Em todo o mundo estão a erguer-se edifícios verdes que incluem sistemas de poupança de energia, tais como sistemas de arrefecimento naturais, janelas com performances superiores, isolamentos térmicos de qualidade superior e painéis fotovoltaicos”